quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Homenagem aos colonos pomeranos de Camaquã

Vindos de Longe 

Em um passado distante vamos encontrar pescadores, cultivadores de beterraba branca, centeio, cevada, maçãs, entre outros produtos agrícolas, criadores de ovelhas, suínos e gansos; que habitavam as terras baixas da Alemanha ou as colinas costeiras. Povo de origem germânica, em sua maioria não possuíam terras, trabalhavam em propriedades de nobres como diaristas. E quem as possuía deveria seguir s regras do “Instituto do Mogardio da Propriedade Paterna”, buscando seu sustento com próprio suor, cabia a herança das terras a um único filho, o qual tinha a incumbência de zelar pelos seus pais até as suas mortes.
Tendo sua condição política diversas vezes alterada através dos séculos, eles tiveram seu território dividido entre a Polônia e a Alemanha. Foram perseguidos de todos os lados, vikings, suecos, poloneses, alemães, I e II Guera Mundial… Alguns dos motivos que fizeram este povo abandonar sua região foram os altos impostos, a pobreza e em consequência a busca por um pedaço de terra onde pudessem plantar e sustentar suas famílias.
Com a promessa de dias melhores, atravessaram o oceano. Muitos morreram durante a viagem, quem resistiu encontrou uma língua, religião e costumes diferentes. No início precisaram lutar muito contra perseguições de toda ordem. Mais tarde, em 1939 esta cena se repetiu com a dura Campanha Nacionalista do Governo Vargas quando tiveram suas escolas e igrejas fechadas, alguns pastores presos, a proibição de falar em sua língua publicamente, a destruição de suas propriedades e documentos, bem como as inscrições de seus túmulos por serem confundidos com alemães.
O tempo passou, o Brasil se desenvolveu economicamente e em muito esse povo contribuiu para isso. Hoje já se passou mais de um século e meio e encontramos descendentes que ainda cultivam suas tradições religiosas, festivas e culinárias.


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